O pensamento militar brasileiro
Resumo
O pensamento militar brasileiro? Não existe!” Estupefato, ouvi essa afi rmativa de um colega de turma na Escola de Guerra Naval em 1993. Éramos alunos do Curso de Política e Estratégia Marítima (C-PEM), e referia-se ele ao tema de minha monografi a. Ao saber de sua opinião, fui tomado por dois sentimentos simultâneos: decepção e estímulo. Decepção, pela crítica tão mordaz e desabonadora à cultura militar. Estímulo, para pesquisar, estudar, refl etir, concluir e expressar o pensamento militar brasileiro e, além disso, demonstrar o erro grosseiro que aquele ofi cial cometera. Pesquisas e estudos conduziram-me a abordar o tema segundo quatro vetores de pensamento: o naval, o militar terrestre, o aeroespacial e o da Escola Superior de Guerra (ESG). Refl exões e conclusões permitiram-me afi rmar que, no Brasil, havia consistente pensamento militar expresso nos planejamentos estratégicos da cada Força e em alentada produção intelectual de nossos marinheiros, soldados e aviadores.