Por que o Iraque? Por que agora? Breve análise de uma decisão estratégica equivocada

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Fernando Rodrigues Goulart

Resumo

No dia 18 de março de 2003, em discurso ao Parlamento britânico, o Primeiro Ministro Tony Blair afirmou que a posse de armas de destruição em massa pelo Iraque e a contínua recusa de Saddam Hussein em observar as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto constituíam uma séria ameaça à paz e à segurança internacionais. Blair salientou, também, o risco de que tais armas viessem a cair em mãos de terroristas e a ameaça que isso representava para a segurança do Reino Unido e de seus cidadãos. Por fim, o Primeiro-Ministro exortou enfaticamente os parlamentares a apoiarem o uso da força contra o Iraque. Ao cair da noite desse dia, após uma acalorada sessão, o Parlamento aprovou, por 412 votos a favor e 129 contra, uma moção de apoio ao governo autorizando o uso de todos os meios necessários para assegurar o desarmamento do Iraque.

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Artigos
Biografia do Autor

Fernando Rodrigues Goulart

O General de Divisão Goulart é o Vice-Chefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Foi declarado aspirante a oficial de Infantaria pela Academia Militar das Agulhas Negras em 1980. Doutor em ciências militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, com especialização na Academia de Comando das Forças Armadas da Alemanha, comandou o 62º Batalhão de Infantaria (Joinville, SC). Esteve a serviço da ONU em Moçambique, no Nepal e em Nova Iorque. Como oficial general, comandou a 8ª Brigada de Infantaria Motorizada, a Força de Paz das Nações Unidas na MINUSTAH (Haiti) e a 6ª Divisão de Exército. Foi Subchefe do COTER e Chefe do Centro de Coordenação de Operações do CMS.