Hidrocefalia
relato de caso
Resumo
Introdução: As anomalias congênitas, incluindo a do sistema nervoso central (SNC), estão entre as causas mais comuns de morbimortalidade perinatal. Dentre as anomalias do SNC, a espinha bífida cística é a mais comum, seguindo-se hidrocefalia congênita. A anomalia fetal é considerada indicação para interrupção da gravidez na maioria dos países europeus.
Materiais e Métodos: Uma mulher de 28 anos. Nesta gravidez a hidrocefalia foi detectada em exame na 22ª semana de gravidez, sem nenhuma outra anomalia. A paciente apresentou quadro de emesis na 29ª, quando foi internada. Após terse recuperado da emesis, foi diagnosticado o óbito fetal. Ela parturiu de parto vaginal um natimorto na 30ª semana após indução do parto. A paciente recebeu o apoio de psicólogo e recebeu alta em boas condições físicas um dia depois.
Conclusões: Trata-se de um caso de anomalia congênita, cuja etiologia suposta foi genética, não comprovada porque não foi feito o cariótipo, por razão financeira (ônus para a paciente). Diante de uma perspectiva social, o caso evoluiu de forma satisfatória, tendo evoluído para óbito fetal, já que o caso era de mau prognóstico (início precoce e a extensão da lesão). Diante do quadro de óbito fetal, a conduta foi adequada com a indução do parto, que evoluiu para parto vaginal sem complicações, poupando a paciente de maior sofrimento, e inclusive com assistência psicológica.