Cibernética como Setor Estratégico no Brasil e seus Reflexos para a Estrutura da Defesa
Resumo
O presente artigo trata da cibernética como setor estratégico no Brasil e seus reflexos para a estrutura de Defesa, no recorte de 2008 a 2018. Apresenta-se a constituição do setor cibernético no País, sua posição dentro da estrutura da Defesa e a que procurou responder. Após análise dos principais documentos de Defesa, destaca-se as diretrizes relacionadas com a cibernética e as ações implementadas pelo Exército Brasileiro, Força responsável pela coordenação desse setor, em face de questões teóricas e reais, de ordem geopolítica e econômica, que envolvem as relações internacionais. Como conclusão, pode-se observar que a condução desse setor procurou responder não só a questões ligadas à especialização da segurança do ciberespaço em si e de sua estrutura, mas também ao aumento da capacidade de monitoramento e controle do território e, ainda, ao desenvolvimento, visando a fornecer um bem público puro para a sociedade, porém com externalidades positivas e transbordamentos de natureza econômico-tecnológica (spin-off). Buscou-se, portanto, conciliar o clássico dilema acerca do investimento público em “espadas ou arados”.