A criação do Comando Militar do Norte na Amazônia Oriental uma questão geoestratégica

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Publicado: jan 4, 2016

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Hermes Leôneo Menna Barreto Laranja Gonçalves

Resumo

A criação do Comando Militar do Norte (CMN), em acréscimo aos demais comandos militares de área (C Mil A) do Exército Brasileiro (EB), vem se alinhar a outras ações de uma discreta grande estratégia brasileira que vem sendo lenta e gradualmente desenvolvida ao longo das últimas décadas. A implantação do CMN foi levada a efeito pelo EB no ano de 2013, tendo significado a retomada do projeto de fortalecimento da soberania brasileira sobre a Amazônia. Com a repartição das responsabilidades militares entre o Comando Militar da Amazônia (CMA) (porção ocidental) e CMN (porção oriental), o EB, além de outros ganhos geoestratégicos, recobre militarmente as grandes vias de acesso para o interior da imensa área amazônica. Portanto, a região da Amazônia brasileira – por sua vastidão - deve ser pensada (e defendida) partindo justamente de duas direções estratégicas distintas: uma norte-ocidental e outra oriental. Tais condicionantes geográficas, além das geopolíticas, históricas e culturais deverão pautar qualquer planejamento estratégico nacional, independentemente do tipo de agressor que venha a desafiar a soberania brasileira sobre a vasta região.

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Edição
v. 4 n. 9 (2016): DOUTRINA MILITAR TERRESTRE EM REVISTA
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Hermes Leôneo Menna Barreto Laranja Gonçalves

O Tenente-Coronel de Engenharia Hermes foi declarado aspirante-a-oficial em 1996 pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Concluiu o curso de Aperfeiçoamento de Oficiais em 2004 e o de Comando e Estado Maior em 2014. Na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército obteve o grau de mestre em ciências militares, sendo sua dissertação centrada na geopolítica e nos estudos de segurança internacional. Comandou a 1ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada, sediada em São Borja – RS, no biênio 2011/12. Atualmente, serve no Comando Militar do Norte (CMN) onde ocupa o cargo de Chefe da 4ª Seção do Estado-Maior Geral.