OPERAÇÃO DE EVACUAÇÃO DE NÃO COMBATENTES: UMA PROPOSTA DE NORMATIZAÇÃO DA ÁREA DE REUNIÃO DE EVACUADOS

Resumo

A expansão dos interesses do Brasil no exterior tem contribuído para o
aumento da presença de empresas, representações e organizações brasileiras em
outras nações, provocando o crescimento do número de cidadãos brasileiros em
território estrangeiro. Visando garantir a segurança dessas pessoas quando
estiverem em áreas atingidas por conflitos armados ou catástrofes naturais, o
governo brasileiro poderá realizar uma Operação de Evacuação de NãoCombatentes, retirando-os dessas áreas e conduzindo-os a um local seguro. Muito
tem sido feito no âmbito do Ministério da Defesa e das forças singulares em relação
a esta doutrina, como edição de manual e exercícios de campanha, entretanto existe
espaço para aprimoramento do conhecimento em relação a este tipo de operação.
Neste sentido, o presente estudo teve por objetivo apresentar uma proposta de
procedimentos para normatizar o planejamento, preparo e o emprego de tropa
convencional na Área de Reunião de Evacuados (ARE) no contexto de uma Op ENC
em ambiente operacional permissivo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica, realizada uma entrevista com o Capitão-de-Corveta FN FRANÇA,
coordenador de instrução do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) do Centro
de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC). Foram aplicados três
questionários em grupos distintos, militares das organizações militares do corpo de
tropa, Capitães do CAO da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e
Capitães-Tenentes do CAO do CIASC, com a finalidade de identificar o estágio atual
de aproximação do assunto, a lacuna do conhecimento e as melhores práticas
adotadas. Da análise estatística foi possível reunir subsídios que permitiram atingir o
objetivo proposto, embasar a conclusão e formular a proposta. De acordo com o
estudo, os resultados indicam que os fatores da decisão, preconizados na Doutrina
Militar Terrestre, possuem um elevado grau de impacto no planejamento, no preparo
e no emprego de tropa convencional na ARE no contexto de uma Op ENC em
ambiente operacional permissivo, o que propiciou a elaboração de uma proposta de
padronização de procedimentos para a tropa que opera uma ARE