O PELOTÃO DE FUZILEIROS DE FORÇA DE PAZ EM OPERAÇÕES URBANAS NA MISSÃO DE PAZ NO HAITI - UMA PROPOSTA DE EMPREGO QUATERNÁRIO

Resumo

A participação do Exército Brasileiro (EB) em Missões de Paz pode ser identificada
como uma forma de inserção do Brasil no cenário internacional como um país que
efetivamente contribui para o desenvolvimento de paz mundial. Neste contexto, o
Brasil vem operando continuamente no Haiti desde o ano de 2004, chefiando o
componente militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti
(MINUSTAH)1.
A Estratégia Nacional de Defesa prevê o incremento no adestramento e na
participação das Forças Armadas em operações de paz, integrando Força de Paz da
ONU ou de organismos multilaterais da região2. A diretriz geral do Comandante do
Exército faz referência ao aprimoramento contínuo no preparo para essas Missões
de Paz. Cita ainda que missões dessa natureza, além de elevar a motivação
profissional e aprimorar o preparo individual e coletivo, fornecem valiosos subsídios
para o Sistema de Doutrina Militar Terrestre (SIDOMT)3.
Em conformidade com os documentos supracitados e com base nos ensinamentos
colhidos ao longo dos nove anos de atuação no Haiti, o EB adotou algumas
mudanças que permitiram resultados expressivos na principal missão do
componente militar que é garantir um ambiente seguro e estável. Dessas mudanças,
pode-se destacar a adoção do pelotão de fuzileiros de força de paz (Pel Fuz F Paz)
de forma quaternária.
Essa formação quaternária proporcionou vantagens em relação à ternária, como
maior presença simultânea na área de responsabilidade, maior facilidade para
planejamento das operações, melhor adequabilidade aos meios orgânicos do
Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BI F Paz) e maior tempo de repouso aos
militares