ARMAMENTO CALIBRE 12: EMPREGO EM DESLOCAMENTO TERRESTRE A PÉ, EM OPERAÇÕES, NO INTERIOR DA SELVA PELO ESCLARECEDOR

Resumo

O presente estudo analisa se o emprego da espingarda calibre 12 pelo esclarecedor, em um
deslocamento terrestre na selva, favorece o engajamento de alvos, proporcionando um eficaz poder
de parada, preenchendo assim uma lacuna na Doutrina Militar Terrestre brasileira.
Constata-se que o Exército Brasileiro ainda não possui instruções específicas para o emprego
tático da espingarda pelas frações de selva. Os Programas-Padrão analisam o emprego da
espingarda para instruções de obtenção de caça e as IGTAEx (Instruções Gerais de Tiro com
Armamento do Exército) não contemplam módulos de tiro vocacionados para o emprego do
armamento enquadrado em uma fração em operações na selva, onde o contato com forças adversas
possa ser fortuito.
Casos históricos de combates em região amazônica mostram que o combate se deu
principalmente por emboscadas onde o engajamento de alvos se fazia, na maioria das vezes, em
curtas distâncias. Identifica-se a necessidade de favorecer o emprego otimizado da espingarda, já
que a mesma se faz presente nas reservas de armamentos dos Batalhões de Infantaria de Selva
(BIS).
Este estudo torna-se altamente relevante para a melhor adequação das instruções visando o
aumento do poder de combate da fração, favorecendo uma maior eficácia no engajamento de alvos.
Como conclusão foi constatado, através da análise dos resultados obtidos, que o emprego da
espingarda calibre 12 influencia no maior engajamento de alvos, proporcionando eficaz poder de
parada.
Como contribuições são apresentadas sugestões para uma instrução específica sobre o
assunto e adequação das instruções de tiro.