Reflexos do pensamento militar romano nas estruturas militares brasileiras: o processo de transformação do exército e a dissociação do preparo e do emprego no escalão brigada
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Resumo
Este trabalho busca reflexos do pensamento militar romano na estrutura do Serviço Militar Obrigatório no Brasil, visualizando-os no pensamento militar brasileiro da 1ª República até a atual documentação de Defesa não só no SMO, mas em considerações político-filosóficas e estratégicas oriundas da linha de pensamento militar ocidental baseada na dissuasão, sintetizada por Vegécio na frase “se queres a paz, prepara-te para a guerra”. A publicação da atual documentação brasileira de Defesa poderia ser conceituada como a sistematização de um “pensamento brasileiro de Defesa”, pois reúne as concepções atuais do Estado brasileiro, recepcionando o conceito de dissuasão e chamando toda a sociedade para a importância do tema. Como conclusão, é apresentada uma proposta de separar a formação dos soldados oriundos do Serviço Militar Obrigatório (SMO) do adestramento dos corpos de tropa, conforme a solução romana a este problema. Esta integrava a captação de recursos humanos pelo SMO, a dissociação do preparo e do emprego nos corpos de tropa, uma parcela de soldados profissionais e uma proporção adequada entre soldados recrutas e os que permaneciam por maior período em serviço. Isto permitiu aos romanos a manutenção dos princípios estratégicos de capacidade de pronta-resposta e elasticidade, tais como exigidos hoje na documentação brasileira de Defesa.
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