Transformação qualitativa da interferência humana na conduta da guerra
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Resumen
O que acontecerá à função humana na Guerra à medida que se desenvolvem sistemas aéreos cada vez mais eficientes, inteligentes e autónomos? Com o afastamento humano do espaço de batalha estaremos a assistir ao princípio do fim do monopólio humano da Guerra? São precisamente este afastamento da interação humana e uma alteração qualitativa da interferência humana, de executante a supervisor, a observador, que colocam novos desafios à arte milenar da Guerra. Não pela sua novidade, mas pela magnitude dos seus efeitos. Para melhor testarmos um conceito teremos de o expor a extremos e dai retirarmos possíveis consequências. Esta fronteira analítica situa-se no emprego de sistemas autónomos de combate.
Este artigo pretende confrontar os catalisadores para uma maior autonomia com os obstáculos éticos, legais e sociais, numa tentativa de vislumbrar possíveis impactos desta transformação de Guerra Aérea Remota, para uma nova natureza de Guerra Aérea Autónoma. Um futuro repleto de sistemas aéreos autónomos constitui, por isso, uma mudança de paradigma em termos de uso da força. O seu emprego pode alterar de forma fundamental a natureza da dinâmica da Guerra, transformando irremediavelmente as culturas estratégicas dos Estados. Quando isso acontecer, estaremos perante uma Revolução nos Assuntos Militares de proporções épicas.
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