Revista de Medicina Militar

  • AURELIANO PINTO DE MOURA

Resumen

Após trinta e nove anos ausente, retorna a circular a REVISTA DE MEDICINA MILITAR, nascida em junho de 1910, com o título de MEDICINA MILITAR. Durante mais de três décadas traduziu o pensamento e transmitiu os conhecimentos médico-militares brasileiros.

Como disse na época, o então Major Médico BUENO DO PRADO, ao ser nomeado Diretor Gerente MEDICINA MILITAR, por ISMAEL DA ROCHA:

"É necessário que venham à luz e possam ser divulgados e conhecidos os produtos da elaboração de nossos dignos colegas, estudiosos e trabalhadores, verdadeiros cientistas, alguns de nomes ainda modestos, outros de reputação já firmada e que se vão de mais a mais impondo ao apreço e a admiração da classe.

É preciso fazer desabrochar "au pleiu jour” essa força latente, que vai aparecendo em cintilações de ciênciano horizonte de campo militar, onde já se elaboram e preparam os materiais preciosos da medicina moderna e dahigiene militar."

Muito poderíamos dizer da importância, para o Serviço de Saúde do Exército, do retorno à publicação da REVISTA DE MEDICINA MILITAR mas creio que nada melhor no momento do que transcrever o preâmbulo da REVISTA DO HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO, publicada em 1905 e que foi lembrado no primeiro número de nossa publicação, em junho de 1910.

"Macte animo!

À benevolência das altas autoridades do Ministério da Guerra se abriga a sorte desta Revista. O Serviço Sanitário do Exército julga deve seguir o exemplo dos países mais adiantados. Faz uma tentativa e aspira cimentá-la com todas as pedras das construções duradouras. É preciso que aqui se mostre também um reflexo de nacionalidade. Cintilações de ciência vão aparecendo neste nosso horizonte do campo militar; elaboram-se e preparam-se materiais, acumulação de longo trabalho e pensar: há muita força latente.

Enquanto a admiração repete os nomes mais famosos da época, sepultados na obscuridade de áridas e assíduas fadigas, mineiros da civilização nacional, os médicos das corporações armadas ainda não lograram do público toda a justiça que lhes é devida.

A ciência de muitos, limitando-se a aplicação na esfera dos seus cargos, não raro morre com eles, sem legar à Pátria memória perdurável de a haverem servido tanto! Outros mais felizes, com a merecida estima de todos os que se ilustraram em suas luzes, encontraram neles a lição e o conselho que procuravam. Mas, esses foram relativamente poucos e a escassez indica que muita seiva se perde à falta de cultura. Quem hoje toma sobre si esta responsabilidade aceita uma grande missão, e confia que se não há de ver só na estrada.

Todos irmamente obreiros, sem procedências ou categorias em matéria científica, abnegaremos a própria individualidade, para que a glória de um seja a de todos; certos de que fazem prodígios a reunião de forças por mais débeis que sejam, a atividade e a perseverança no trabalho, o poder irreversível da vontade.

Dr. ISMAEL DA ROCHA”

Como outrora, é preciso que se registre, que se mostre o nível do trabalho realizado. Divulguem-se os conhecimentos e experiências adquiridos em nossa vida profissional; que nomes ainda pouco conhecidos despontem para projetar-se.

Temos a certeza de contarmos com o apoio e a colaboração de todos os companheiros do Serviço de Saúde do Exército.

Gen Div Med AURELIANO PINTO DE MOURA

Diretor de Saúde

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Publicado
2022-01-27
Sección
Editorial