Tutela jurídica aos Refugiados e suas Contribuições no Resgate da Dignidade Humana

Palavras-chave: Refugiados, Tutela jurídica, Dignidade humana

Resumo

O presente artigo objetiva demonstrar que a tutela jurídica de proteção aos direitos fundamentais dos refugiados contribui para que estes resgatem sua dignidade como seres humanos. Para isso, será apresentado um panorama da situação atual dos refugiados no Brasil e no mundo. Verificar-se-á a evolução da tutela jurídica dispensada a esses indivíduos após a Segunda Guerra Mundial, no intuito de garantir seus direitos fundamentais. Apresentar-se-á, ainda, o princípio da dignidade da pessoa humana e sua importância para a recuperação dos direitos fundamentais dos indivíduos subjugados às condições indignas de permanência em seus países de origem, fazendo com que se tornasses refugiados. Quanto aos procedimentos metodológicos utilizados para a coleta de dados, o presente estudo se propõe a realizar uma pesquisa bibliográfica e documental, mediante fatos e dados objetivos. Em relação à abordagem metodológica, a presente pesquisa utilizou-se de maneira qualitativa, uma vez que foram observadas estatísticas e fenômenos sociais ocorridos dentro da área do Direito Internacional Humanitário. Por fim, os autores concluíram pela existência da relação entre a tutela jurídica dispensada aos refugiados e o princípio da dignidade da pessoa humana

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sr José Octávio Távora Neto, Universidade Católica de Santos - UNISANTOS

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 2012; Pós-graduação (lato sensu) em Direito Militar pelo Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS), em 2016; Pós-graduação (lato sensu) em Direito Constitucional Aplicado pela Faculdade Legale, em 2021; Pós-graduação (lato sensu) em Direito Público pela Faculdade Legale, em 2021. Graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em 2004, equiparado ao bacharelado em Administração pela resolução normativa nº 547, de 31 de outubro de 2018, do Conselho Federal de Administração (CFA); Pós-graduado (lato sensu) em Ciências Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), em 2013; Especialista em Bases Geo-históricas para o Planejamento Estratégico, pela Escola de Comando Estado-Maior do Exército (ECEME), em 2018; Como Oficial de Carreira da Linha Militar Bélica do Exército Brasileiro, atuou em atividades típicas das Forças Armadas, com destaque para: Chefe da Seção Logística do 12º Grupo de Artilharia de Campanha (12º GAC - 2018); Encarregado de Pessoal durante a participação do 12º GAC na Operação Acolhida, no estado de Roraima: grande força-tarefa humanitária composta por órgãos/organismos nacionais e internacionais, a qual tem como objetivo receber e interiorizar os refugiados oriundos da Venezuela (2018-2019); Instrutor Chefe do Curso de Formação de Sargentos do 12º GAC (2016-2017), responsável pela formação dos Sargentos de Carreira da Linha Militar Bélica, do Exército Brasileiro; Professor de Introdução ao Estudo do Direito, pela Cadeira de Direito da AMAN (2019-2020); e Professor de Direito Administrativo, pela Cadeira de Direito da AMAN (2021). Como Professor de Direito da AMAN, é responsável pela formação Jurídica dos futuros Oficias de Carreira da Linha Militar Bélica do Exército Brasileiro.

Sr Roberto Campos Leoni, Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN

Possui Doutorado em Ciências pela Universidade Estadual Paulista (2015) - (área: Probabilidade e Estatística), Mestrado em Ciências pela Universidade Estadual Paulista (2011) - (área: Engenharia de Produção), pós-graduação em ciências militares pela Escola de Aperfeiçoamento de oficiais (2010), pós-graduação em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras (2004) e graduação em Estatística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1999). Atualmente é professor da Cadeira de Estatística e coordenador de pesquisa docente na Academia Militar das Agulhas Negras, professor colaborador do mestrado acadêmico da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá - Universidade Estadual Paulista, professor da Associação Educacional Dom Bosco e Tutor do consórcio CEDERJ. Tem interesse nas áreas de controle estatístico de qualidade, estatística multivariada e planejamento de experimentos.

Referências

ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas. Manual de procedimentos e critérios a aplicar para determinar o Estatuto de Refugiado, de acordo com a Convenção de 1951 e o Protocolo de 1967 relativos ao Estatuto dos Refugiados. Genebra: [s. n.], 2018. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2018/02/Manual_de_procedimentos_e_crit%C3%A9rios_para_a_determina%C3%A7%C3%A3o_da_condi%C3%A7%C3%A3o_de_refugiado.pdf. Acesso em: 13 AGO 2021.

ANDRADE, José Henrique Fischel. Aspectos Históricos da Proteção de Refugiados no Brasil (1951-1997). In: JUBILUT, Liliana Lyra, GODOY, Gabriel Gualiano. Refúgio no Brasil Comentários à Lei 9.474/97. São Paulo, Quartier Latin, 2017. p. 41-80.

BARRETO, Luiz Paulo Teles Ferreira; LEÃO, Renato Zerbini Ribeiro. O Brasil e o espírito da Declaração de Cartagena. Forced Migration. jul. 2010. Disponível em: https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/Publicacoes/2010/fmr_35_minifeature_brasil_2010.pdf. Acesso em: 16 AGO 2021.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BRASIL. Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997. Define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951, e determina outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, p. 22, 23 JUL 1997. PL 1936/1996.

BRASIL. Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017. Institui a Lei de Imigração. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm. Acesso em: 14 AGO 2021.

BRASIL. Lei nº 13.684, de 21 de junho de 2018. Dispõe sobre medidas de assistência emergencial para acolhimento a pessoas em situação de vulnerabilidade decorrente de fluxo migratório provocado por crise humanitária; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13684.htm. Acesso em: 16 AGO 2021.

BRASIL. Ministério da Justiça. Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). Refúgio em números. 4. ed. Brasília: 2018. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/2019/07/25/governo-e-acnurlancam-relatorio-refugio-em-numeros-e-plataforma-interativa-sobre-reconhecimento-dacondicao-de-refugiado-no-brasil/. Acesso em: 20 JUL 2021.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 2. ed. Coimbra: Almedina, 1999.

CARNEIRO, Wellington Pereira; COLLAR, Janaina Matheus. Reflexões sobre a questão racial e refúgio no sistema brasileiro. In: SILVA, C.A.S.(org.). Direitos humanos e refugiados. Dourados, UFGD, 2012, p. 57-76.

COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

GARCIA, Cristiano Hehr. Direito Internacional dos Refugiados – História, desenvolvimento, definição e alcance. A busca pela plena efetivação dos direitos humanos no plano internacional e seus reflexos no Brasil. 2007. 147 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Direito, Faculdade de Direito de Campos, Campos dos Goytacases, 2007.

JUBILUT, Liliana Lyra. O Direito Internacional dos Refugiados: e sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro. 1. ed. São Paulo: Método, 2007, p. 240.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 1986, p. 193.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos da metodologia científica: teoria da ciência e prática de pesquisa. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

LEÃO, Flavia Ribeiro Rocha. Do procedimento de determinação da condição de refugiado: da solicitação até a decisão pelo Comitê Nacional para Refugiados (CONARE). In: JUBILUT, Liliana Lyra, GODOY, Gabriel Gualano. Refúgio no Brasil Comentários à Lei 9.474/97. 3. ed. São Paulo, Quartier Latin, 2017. p. 215.

LEONEL, Vilson; MOTTA, Alexandre. Ciência e pesquisa. 2. ed. rev. e atual. Palhoça: Unisul Virtual, 2007.

MAZÃO, Isabela. A Convenção de 1951 Relativa ao Estatuto dos Refugiados. In: JUBILUT, Liliana Lyra, GODOY, Gabriel Gualano. Refúgio no Brasil Comentários à Lei 9.474/97. 1. ed. São Paulo, Quartier Latin, 2017, p. 157.

MARTINS, Flademir Jerônimo Belinati. Dignidade da pessoa humana: princípio constitucional fundamental. 1. Ed. Curitiba: Juruá, 2003

MILESI, Rosita; CARLET, Flávia. Refugiados e Políticas Públicas. In: SILVA, César Augusto S. da (Org.). Direitos Humanos e Refugiados. Dourados. UFGD, 2012.

SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001, p. 60.

SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 7. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009, p. 83.

SOUZA, Fabrício Toledo. de. A crise do refúgio e o refugiado como crise. 2016. 204p. Tese (Doutorado em Direito) – Departamento de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/29858/29858.PDF. Acesso em: 27 JUL 2021.

SPRANDEL, Márcia Anita; MILESI, Rosita. O Acolhimento a Refugiados no Brasil: Histórico, Dados e Reflexões. In: MILESI, Rosita. Refugiados realidade e perspectivas. São Paulo: Loyola,

, P. 113-134. E-book. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=tJBOOpZzgAEC&lpg=PA7&dq=refugiados%20realidade%20e%20perspectivasots%3DGiIXZu2pJm&lr&pg=PA7#v=onepage&q=refugiados%20realidade%20e%20perspectivas&f=false. Acesso em: 19 JUL 2021.

Publicado
2022-12-15
Como Citar
TÁVORA NETO, J. O., & LEONI, R. C. (2022). Tutela jurídica aos Refugiados e suas Contribuições no Resgate da Dignidade Humana. Revista Agulhas Negras, 6(8), 240-255. Recuperado de http://ebrevistas.eb.mil.br/aman/article/view/8285
Seção
Artigos Científicos