Repotencialização Cognitiva da Arma de Comunicações
Abstract
A Arma de Comunicações ocupou-se da difícil tarefa de mesclar o ensino técnico e tático em consonância com os avanços tecnológicos promovidos no material que apoia seu emprego. Para o estabelecimento das bases da Arma, mesclou-se ensino promovido pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Escola de Comunicações e Instituto Militar de Engenharia, consolidando as expertises dessas escolas na gênese do militar de comunicações. Com a solidificação dos conhecimentos no Curso de Comunicações, a formação vinculou-se às Escolas de Formação (AMAN e ESA). Os intensos avanços científicos nas décadas posteriores promoveram emprego de faixas de frequência pouco estudadas e o surgimento de tecnologias, hoje, indispensáveis, cujo ensino não era objeto da antiga formação. O presente artigo identifica carências cognitivas na formação dos militares de Comunicações que podem ser suplantadas por reformulação curricular ou pela promoção de módulos de ensino a distância. Para isso, foi formulada uma pesquisa e enviada a 32 organizações militares de comunicações e respondida por 220 militares. O universo da seleção foi representado por militares envolvidos na atividade finalística, administrativa e de ensino. Os resultados apontaram para a necessidade de atualizações em três áreas: basilares, como por exemplo, matemática, física, antenas e propagação; estratégicas, como por exemplo, predição de enlace em HF com ênfase no emprego de ionossondas; e de interesse tecnológico, que permitem o uso de tecnologia proveniente da linha de fronteira do conhecimento.