Arboviroses urbanas e o Exército Brasileiro: a visão do reumatologista

  • Teresa Rachel Junqueira Carbone
  • Pamela Goldstein Felipe

Resumen

A recente explosão de casos de dengue, a velocidade na dispersão do vírus zika, o aumento nos casos agudos e crônicos de chikungunya incluindo artralgia debilitante, o incremento nas notificações de microcefalia e da Síndrome de Guillan-Barré, chamam a atenção devido a sua morbidade e mortalidade. Além disso, há dificuldade para o diagnóstico diferencial entre essas doenças devido à semelhança na sintomatologia. O presente artigo tem por objetivo contribuir na disseminação do conhecimento das arboviroses urbanas apresentando suas principais características. Com a visão do reumatologista, dar maior enfoque a artropatia associada e explicitar a importância do controle do vetor Aedes aegypti, cujo combate envolve o uso do Exército Brasileiro. Para isso, foi feita revisão da literatura nas bases Medline, SciELO, PubMed, informações publicadas em páginas eletrônicas oficiais do Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Fiocruz e portais eletrônicos de notícias, que dão apoio a discussão.

The recent explosion of dengue cases, the speed at which the virus spreads, the increase in acute and chronic cases of chikungunya including debilitating arthralgia, the increase in microcephaly and Guillan-Barré Syndrome reports, call attention to its morbidity and mortality. In addition, it is difficult to make a differential diagnosis between these diseases due to the lack of symptoms. The aim of this article is to contribute to the dissemination of the knowledge of arboviral diseases by presenting their main characteristics. With the rheumatologist's vision, placing the focus to the associated arthropathy, I aim at stating the importance of the control of the vetor Aedes aegypti, when fighting involves the use of the Brazilian Army. For this purpose, the literature was reviewed in the Medline, SciELO, PubMed databases, information published in official web pages of the Ministry of Defense, the Brazilian Army, Fiocruz and electronic news portals, which supported the discussion. 

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

AGÊNCIA VERDE OLIVA / CENTRO DE COMUNICAÇÕES SOCIAL DO EXÉRCITO. Segunda Fase da Operação de Combate ao Mosquito Aedes aegypti no RIO. Disponível em: https://www.eb.mil.br/web/midia-impressa/-/segunda-fase-daoperacao-de-combate-ao-mosquito-aedes-aegypti-no-rio?inheritRedirect=true. Acesso em: 10 julho. 2018.
BRASIL. Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 10 julho, 2018.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro, Departamento – Geral do Pessoal – Diretoria de Saúde. Informativo Sobre a Saúde Preventiva. Ano V Nº 001- 2015 a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika. Brasília, DF, 2015 b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico, adulto e criança – 5. ed. – Brasília, DF, 2016 a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Protocolo de arbovírus urbanos no brasil: dengue, chikungunya e zika. Brasília, DF, 2016 b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo de investigação de óbitos por arbovírus urbanos no Brasil: dengue, chikungunya e zika. Brasília, DF, 2016 c.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Zika: Aborgagem Clínica na Atenção Básica. Mato Grosso do Sul, 2016 d.
BRASIL. Presidência da República. Lei Complementar n° 117, de 2 de setembro de 2004. Altera a Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas, para estabelecer novas atribuições subsidiárias. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp117.htm. Acesso em: 10 julho 2018.
BRASIL. Presidência da República. Lei Complementar n° 136, de 25 de agosto de 2010. Altera a Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999, que “dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas”, para criar o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e disciplinar as atribuições do Ministro de Estado da Defesa. Disponível em: https//:www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp136.htm. Acesso em: 10 julho 2018.
BRASIL. Presidência da República. Lei Complementar n° 97, de 9 de junho de 1999. Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp97.htm. Acesso em: 10 julho 2018.
CAMARA, T.N.L. Arboviroses emergentes e novos desafios para a saúde pública no Brasil. Rev Saude Publica. v. 50, n. 36, p. 21-28, 2016.
CARDOSO, C.W. et al. Outbreak of exanthematous illness associated with zika, chikungunya, and dengue viroses. Emerging Infectious Disease. Bahia, v. 21, n.12, p. 2274-6, 2015.
CHAVES, B.A. et al. Coinfection with Zika Virus (ZIKV) and Dengue Virus Results in Preferential ZIKV Transmission by Vector Bite to Vertebrate Host. The Journal of Infectious Diseases, v. 218, n. 4, p. 563–571, 13 julho 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1093/infdis/jiy196. Acesso em: 26 julho 2018.
DANTAS, C. Vacina da Dengue não deve ser tomada por quem nunca teve a doença, diz nova recomendação da ANVISA. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/anvisa-recomenda-que-vacina-de-dengue-naoseja-tomada-por-quem-nunca-teve-a-doenca.ghtml.Acesso em: 30 junho 2018.
EXAME. Governo mobiliza 60% das Forças Armadas contra Aedes aegypt. Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/governo-mobiliza-60-das-forcasarmadas-contra-aedes-aegypti/. Acesso em 10 julho 2018.
FIOCRUZ. Fiocruz libera Aedes com Wolbachia no Rio de Janeiro. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-libera-aedes-com-wolbachia-no-rio-de-janeiro. Acesso em: 26 julho 2018.
FIOCRUZ. Zika, chikungunya e dengue: entenda as diferenças. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/zika-chikungunya-e- dengue-entenda-diferen%C3%A7as. Acesso em 30 junho 2018.
GUZMAN, M.G; HARRIS, E. Dengue. The Lancet. v. 385, p. 453–65. 2014.
MARQUES, C.L.D, et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico e tratamento da febre chikungunya. Parte 1 – Diagnóstico e situações especiais. Rev Bras Reumatol, v. 57, n. 2, p. 421-37. 2017
MARQUES, C.L.D, et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico e tratamento da febre chikungunya. Parte 2 – Tratamento. Rev Bras Reumatol, v. 57, n. 2, p. 438-51. 2017.
NITAHARA, A. Chikungunya avança no Rio com quase 9 mil casos em 2018. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-05/chikungunyaavanca-no-rio-com-quase-9-mil-casos-em-2018. Acesso em: 30 junho. 2018.
OLIVEIRA, S.A. et al. Manifestações articulares nas viroses exantemáticas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 32, n. 2, p.125-30, mar/abr, 1999.
R7-NOTÍCIAS. USP recruta voluntários para teste com primeira vacina contra Zika. Disponível em: https://noticias.r7.com/saude/usp-recruta-voluntarios-para-testecom-primeira-vacina-contra-a-zika-21032018. Acesso em: 30 junho 2018.
SÃO PAULO. Secretaria da Saúde. Grupo Técnico Arboviroses. Diretrizes para a Prevenção e Controle das Arboviroses Urbanas no Estado de São Paulo. São Paulo, 2017.
THIBERVILLE, S.D et al. Chikungunya fever: epidemiology, clinical syndrome, pathogenesis and therapy. Rev Antiviral. v. 99, n. 3, p. 345-70, setembro 2013.
VASCONCELOS, P.F.C. Doença pelo vírus Zika: um novo problema emergente nas Américas? Rev Pan Amazônica de Saúde, v. 6, n. 2, p. 9-10, 2015.
VIANA, D.V; IGNOTTI, E. A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática. Rev Bras Epidemiol, v. 16, n. 2, p. 240-56, 2013.
Publicado
2019-07-22
Cómo citar
Carbone, T. R. J., & Felipe, P. G. (2019). Arboviroses urbanas e o Exército Brasileiro: a visão do reumatologista. EsSEX: Revista Científica, 2(2), 52-70. Recuperado a partir de https://ebrevistas.eb.mil.br/RCEsSEx/article/view/2434