A Utilização do Sistema Digitalizado de Artilharia de Campanha (SISDAC) com Obuseiros Georreferenciados

Resumo

Das recentes modernizações da Artilharia do Exército Brasileiro, duas delas se sobressaem quando comparadas com o cenário internacional. A aquisição de obuseiros dotados de sistemas georreferenciados, como o M109A5+BR, aliados à Central de Tiro informatizada pelo Sistema Digitalizado de Artilharia de Campanha (SISDAC) gera uma possibilidade de atualização da doutrina de emprego da Artilharia de Campanha. O objetivo do presente artigo é discutir o impacto do uso de vetores cinéticos georreferenciados integrados ao SISDAC na doutrina de Artilharia de Campanha brasileira, com ênfase nos subsistemas Direção e Coordenação de Tiro e Linha de Fogo. Para isso, foram utilizados os resultados obtidos de duas pesquisas de campo, uma no 5º GAC AP, com a presença da VBCOAP M109A5+BR, e outra na Seção de Simulação (Seç Sml) da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), durante os exercícios de adestramento do Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF) em 2023, comparando os meios convencionais de Central de Tiro com os meios do SISDAC, além de entrevistas com especialistas. Os resultados obtidos foram comparados com a doutrina dos exércitos dos Estados Unidos da América e França. Como conclusão, foi observada a possibilidade de atualização da doutrina brasileira frente ao avanço tecnológico trazido por esses sistemas, havendo necessidade de estudos nos demais subsistemas da Artilharia do Exército Brasileiro.