A Instrução e preparo do Exército Imperial na Guerra da Tríplice Aliança: Uma análise sobre as reminiscências de um soldado brasileiro no Campo de Batalha
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Resumo
A Instrução do Exército Brasileiro origina-se na época do “despotismo esclarecido”, quando o De Lippe, enviado a Portugal a fim de “organizar o exército português, o encontrou “sem disciplina e sem instrução”, implantando lá suas orientações, posteriormente transplantadas ao Brasil Colônia. Berço da Instrução do Exército Imperial, a Real Academia Milita forneceu ao Brasil a equipe de instrutores necessária para as Batalhas da Tríplice. Analisaremos as instruções militares do Contingente Brasileiro: Guarda Nacional e “Voluntários da Pátria”, a partir do diário de um soldado, voluntário antes mesmo do decreto imperial que convocou o povo brasileiro a luta. A criação da Guarda Nacional solapou a importância do Exército no Brasil, mas a partir 1850 esse quadro alterou-se e as preocupações com o aperfeiçoamento da instrução do Exército fizeram surgir novas diretrizes, e essa preocupação por nossa eficiência militar, refletiu-se nos primeiros resultados obtidos pela Comissão de Prática da Artilharia (1844). Entretanto, esse aparato administrativo era deficiente frente a política externa mantida pelo Brasil com os países vizinhos, o que fez ao Exército Imperial instruir os soldados sob fogos de combate. Uma preparação observada e aqui explorada nos escritos de um Combatente, transmitidas de forma concisa, pois o mesmo era o produto final.