REFLEXÕES SOBRE AS RELAÇÕES INTERMIDIÁTICAS EM HITCHCOCK BLONDE, DE TERRY JOHNSON
Resumo
A peça Hitchcock Blonde (2003), do dramaturgo britânico Terry Johnson, se fundamenta na permutação de linguagens: o frutífero diálogo com as técnicas cinematográficas da montagem, colagem, enquadramento e cortes é parte integrante não somente da construção textual da obra, mas também de sua concretização cênica. O texto incorpora, representa e tematiza o cinema por meio de constantes alusões à filmografia de Hitchcock, principalmente Janela Indiscreta, Vertigem, Psicose e Marnie, e insere uma personagem chamada Hitch às voltas com uma loira, dublê de corpo de Janet Leigh para a cena do chuveiro em Psicose. Johnson segue a tendência do theatremovie que consiste na operacionalização dos recursos fílmicos acima mencionados, acrescidos de soundtracks, video-clips e fade overs, além do contínuo jogo de citações e clichês. As inúmeras referências intermidiais resultam em um complexo jogo de espelhos que flagra as fronteiras fluídas e reversíveis das dicotomias em revista: arte/vida, real/virtual e original/simulacro.
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Copyright (c) 2010 Anna Stegh Camati, Braz Pinto-Junior
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