A articulação entre diplomacia e poder militar nas grandes estratégias de Rio Branco e Amorim

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Walter Maurício Costa de Miranda
Alexandre Rocha Violante
Marcelo Mello Valença

Resumo

Uma Grande Estratégia envolve a coordenação e direção de todos os recursos de uma nação para alcançar objetivos políticos, ou o uso do poder militar, a teoria e a prática do uso e a ameaça de uso da força organizada para fins políticos. Privilegiando este último viés, a “Grande Estratégia do Barão do Rio Branco”, posta em prática no período em que esteve à frente do Itamaraty, utilizou, por vezes, o poder militar de forma coercitiva e dissuasória. A Grande Estratégia do Barão é distinta da Grande Estratégia de Amorim, principalmente na forma de articular diplomacia com o Poder Militar. As diferenças nessas articulações, bem como os ganhos concretos advindos de cada uma, são percebidas, inicialmente pelo viés mais realista – do Barão – e pela conjugação de várias teorias internacionalistas – de Amorim. A “Grande Estratégia do Barão” foi pautada no incremento do hard power, que resultou em ganhos concretos, como na questão do Acre, já a “Grande Estratégia” de Amorim se pautou mais pelo incremento de seu “soft power”, mas que não chegaram a concretizar uma síntese perfeita entre diplomacia e defesa. Assim, este trabalho tem como objetivo evidenciar as “diferentes formas de articulação” entre a diplomacia e a defesa.

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Como Citar
COSTA DE MIRANDA, W. M.; VIOLANTE, A. R.; MELLO VALENÇA, M. A articulação entre diplomacia e poder militar nas grandes estratégias de Rio Branco e Amorim. Coleção Meira Mattos: revista das ciências militares, v. 15, n. 53, p. 185-205, 5 maio 2021.
Seção
Artigos Científicos
Biografia do Autor

Walter Maurício Costa de Miranda, Universidade Federal Fluminense. Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos. Niterói, RJ, Brasil.

Doutorando (setembro de 2019) pelo Programa Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos, da Defesa e da Segurança. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2012) e em Ciências Navais pela Escola Naval (1983). Diplomado nos MBA em Gestão Internacional - COPPEAD - UFRJ (2003 e 2007). Possuí os títulos, segundo o Sistema de Ensino Naval (Lei n. 11.279), de mestre e doutor em Ciências Navais pela Escola de Guerra Naval - EGN 2007. É professor da Escola de Guerra Naval desde 2010, atuando principalmente em temas referentes ao Atlântico Sul e Forças Armadas na Segurança Pública. Editor Executivo da Revista da Escola de Guerra Naval classificada pelo Sistema QUALIS. Mestre pelo Programa Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos, da Defesa e da Segurança com a dissertação " A última fronteira? O emprego das Forças Armadas na Segurança Pública: O caso da operação de garantia da lei e da ordem no Complexo da Maré de 2014 a 2015". 

Alexandre Rocha Violante, Universidade Federal Fluminense. Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos. Niterói, RJ, Brasil.

É Professor de Relações Internacionais do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da UFF (2017-atualidade). Doutorando em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança pela Universidade Federal Fluminense (UFF) (2019-). Mestre em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança pela Universidade Federal Fluminense (UFF) (2017). Mestre em Ciências Navais e Especialista em Gestão Empresarial pela Escola de Guerra Naval/Instituto COPPEAD/UFRJ (2013). Especialista em Relações Internacionais pela PUC-RJ (2012). Especialista em Direito Internacional e Direitos Humanos pela Universidade Cândido Mendes RJ (2011).

Estuda as políticas relacionadas ao mar, mais especificamente aquelas ligadas ao Atlântico Sul, considerando este grande espaço marítimo como o principal caminho para Brasil angariar maior poder relativo no sistema internacional. Atua em quatro grupos de pesquisa:

  • Projeto Paddle- gerenciamento dos oceanos, como pesquisador associado na Universidade de Brest, França.
  • Estudos Marítimos e Ciências do Mar, como Professor Pesquisador da Escola de Guerra Naval;
  • Economia do Mar, como Professor Pesquisador da Escola de Guerra Naval;
  • Política Internacional e Gestão do Espaço Oceânico, como Professor Pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL); e
  • Salvaguardas para o Submarino Nuclear Brasileiro do PROCAD –UFF.

Desses grupos, originam-se suas Linhas de Pesquisa, que buscam compreender como o Estado brasileiro procura defender e assegurar o espaço marítimo brasileiro, por meio de políticas públicas destinadas ao uso deste espaço, como analisar o Planejamento Espacial Marinho nos estudos de Cooperação em Segurança Internacional e Defesa Nacional, em consonância com as relações multilaterais dos Estados vizinhos ao Atlântico Sul.

Marcelo Mello Valença, Marinha do Brasil. Escola de Guerra Naval. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Marcelo M. Valença é professor adjunto da Escola de Guerra Naval (EGN), atuando no Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM). É doutor em Relações Internacionais (2010) e bacharel em Direito (2004) pela PUC-Rio. Sua pesquisa se foca na interseção entre o Direito e as Relações Internacionais e em questões relacionadas aos Estudos Críticos de Segurança, política externa brasileira e prevenção de conflitos. Tem interesse também em questões de aprendizado ativo. contatos: marcelo.valenca@marinha.mil.br / www.marcelovalenca.com