Maquiavel e a importância do poder militar nacional
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Resumo
Neste ensaio trazemos à consideração os ensinamentos de Maquiavel, notadamente com relação à consolidação do Estado. Lastreado na hipótese de que a sobrevivência do Estado estaria condicionada à capacidade de ele realizar sua defesa pelos seus próprios meios, Maquiavel advogava a criação de exércitos nacionais de conscritos e refutava peremptoriamente o emprego de mercenários e de se recorrer à ajuda de outros Estados nos momentos de crises e de guerras, prática corriqueira em seu tempo. Na atualidade, exércitos formados por nacionais tornaram-se uma realidade, porém a evolução vertiginosa da ciência, tecnologia e inovação e as consequências dessa evolução na Expressão Militar do Poder Nacional sugerem que a existência de tais exércitos não garante ao Estado a condição de se defender pelos seus próprios meios, particularmente em países que vivenciaram processos de industrialização tardio, que não dominam conhecimentos essenciais para desenvolver tecnologias críticas e sensíveis, que contam com modesta Base Industrial de Defesa (BID) e cujas capacidades militares dependem essencialmente de armamentos, equipamentos e sistemas de emprego militar importados. Conscientes da importância desses aspectos na composição do Poder Militar, apresentamos características do mercado de defesa, algumas dificuldades enfrentadas por países de industrialização tardia e propostas para o progresso da BID nacional, como a exploração da dualidade tecnológica e a otimização dos processos de obtenção de sistemas e materiais de emprego militar. As ideias exploradas neste ensaio servem de alerta aos formuladores de políticas públicas que defendem a redução dos efetivos e dos recursos financeiros voltados para o desenvolvimento das Forças Armadas e da BID Nacional.
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