Guerra, revolução industrial e desenvolvimento tecnocientífico
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Resumo
Analisa-se as relações entre o desenvolvimento tecnológico e industrial e as formas de guerrear. Esboça-se uma visão de conjunto das novidades aportadas pela revolução industrial com reflexos diretos sobre a guerra e as organizações militares. Disserta-se sobre como vantagens tecnológicas – como a de carregar um fuzil pela culatra ao invés de pela boca da arma e a utilização da pólvora sem fumaça –, interferiram decisivamente no resultado de guerras e consequentemente no ordenamento internacional. Ilustra-se a aproximação ou mesmo a sobreposição entre as inovações com “fins militares” e as de “interesse civil”. A “revolução química” possibilitou tanto a produção de corantes sintéticos e medicamentos quanto a manufatura de explosivos e gases venenosos. Também analisa-se a relação entre a guerra e a revolução dos transportes, fenômeno que causou grande impacto nas concepções de espaço e de tempo. O transporte de um volume cada vez maior de tropas, suprimentos, equipamentos e petrechos promoveria novos paradigmas no planejamento militar.
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