O planejamento de mobilização no Exército Brasileiro para atender às hipóteses de emprego, suas condicionantes e a integração com o sistema logístico

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Piraju Borowski Mendes

Resumo

Compreendidas as concepções militares das expressões “mobilização” e “logística” e suas evoluções históricas, percebe-se que não há como planejar a logística sem considerar a complementar mobilização. De igual modo, a Mobilização só faz sentido se alinhada com a Logística que, por sua vez, dará exequibilidade à manobra planejada. Esta tem por base as Hipóteses de Emprego (HE), suas variantes e condicionantes, traduzindo-se pelos Planos de Campanha dos Comandos Militares de Área, que contemplam diversos cenários. A proposta deste artigo é conceber um método para planejamento da mobilização que atenda às HE, suas condicionantes e a integração com o Sistema Logístico. É necessário que o planejador saiba como formar novas Organizações Militares e em que prazos; como mobilizar indústrias, instalações de saúde e depósitos de suprimentos e como obter e distribuir recursos humanos e materiais, consubstanciando as funções logísticas “Recursos Humanos”, “Suprimento” e “Transporte”. Quem planeja deve atentar para os aspectos inerentes às funções logísticas “Manutenção”, “Saúde”, “Engenharia” e “Salvamento”. Por fim, apresenta- se um método de planejamento da Mobilização que, para melhor integração com o Sistema Logístico, é fundamentado em cada função logística. A mobilização vai, então, além da evolução da Estrutura Militar de Paz para uma Estrutura Militar de Defesa: proporciona a continuidade do apoio. O planejamento tem início no Ministério da Defesa, que define as HE a serem consideradas pelo Comando de Operações Terrestres quando da elaboração de suas Diretrizes para o Planejamento Operacional Militar dos Comandos Militares de Área. As manobras concebidas por estes últimos, expressas em seus planos de campanha, definem os limites de possíveis Teatros de Operações, as forças em presença, concentrações de tropas etc., formando “cenários” específicos. Cada um destes baliza planos logísticos e estes, os planos de mobilização. Assim, a organização logística de tempo de paz – a Região Militar –, quer evolua para atuar no Teatro de Operações quer na Zona de Interior, planejará a mobilização pela análise das funções logísticas em cada cenário. Seguindo o método proposto, os planejadores de mobilização das regiões militares irão formar e manter um banco de dados, atualizado, de empresas, indústrias, reservistas, instalações, pessoal especializado etc., conforme abordado no desenvolvimento do presente trabalho, de modo a mobilizar pessoal, instalações, equipamentos e suprimentos sem perda de tempo e de recursos financeiros.


 

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Como Citar
MENDES, P. B. O planejamento de mobilização no Exército Brasileiro para atender às hipóteses de emprego, suas condicionantes e a integração com o sistema logístico. Coleção Meira Mattos: revista das ciências militares, n. 15, 1 ago. 2007.
Seção
Artigos Científicos